ANIMAIS
Baleia azul

A baleia-azul é um mamífero marinho, Com até 30 m de comprimento e mais de 180 t de peso, o corpo das baleias-azuis apresentam o seu dorso em diferentes tons azuis-acinzentados, enquanto o seu ventre é geralmente mais claro. As baleias-azuis eram, até ao início do século XX abundantes em quase todos os oceanos, mas derivado a caçadas durante mais de um século, foram levadas à beira da extinção pelos baleeiros, até se tornarem objeto de mecanismos de proteção adotados pela comunidade internacional em 1996, Um relatório de 2002 estimou que existam de cinco a doze mil baleias-azuis ao redor do mundo. Antes de serem caçadas, o maior agrupamento estava na Antártida, com aproximadamente 239 000 indivíduos. Os agrupamentos remanescentes atuais, são muito menores, com algo em torno de 2000 indivíduos cada, estão localizados a noroeste dos oceanos Pacífico, Antártico e Índico. Outros dois agrupamentos de baleias-azuis encontram-se ao norte do oceano Atlântico, e há pelo menos outros dois no Hemisfério Sul.
Rotas de migração e porquê?
A Baleia-Azul Navega milhares de quilómetros para passar o verão no atlântico norte e o inverno nas águas equatoriais, as longas viagens deste animal fazem escala nos Açores, é por lá, ao largo da ilha do Pico, que avistamos baleias em migração. O principal alimento das baleias, um pequeno crustáceo altamente calórico, o krill, é abundante nestas águas e, por isso, pode ser uma zona de grande alimentação, depois de alimentadas ganham forças para continuar a navegar, e tudo o que comem em excesso é armazenado como gordura para queimar durante o caminho, os Açores também são um ponto de orientação, uma referência no mapa migratório, para não se desorientarem ou perderem-se perante a rota de imigração.
Morcego Lanudo

O morcego lanudo é um mamífero voador, que de espécie para espécie pode variar muito, desde os seus hábitos, até á alimentação, mas o hábito alimentar baseia se em insectos e também frutas.
A espécie do morcego lanudo em terras portuguesas, são localizados só na zona da serra de aires e candeeiros, podemos entender que é uma espécie semi-nocturna, pois podemos velos a navegar e em plena actividade tanto de dia como de noite. (mas com preferências nocturnas), abrigam-se dentro de varias grutas sendo que se juntam mais elementos da espécie, na gruta de mira de aire.
Os morcegos, sendo mamíferos voadores, procuram reproduzir-se e abrigar-se em grutas mas não deixam lá as crias, pois levam-nos sempre com eles e caso eles caiam, as mães não voltam para os buscar devido aos perigos, mesmo só podendo ter um filhote por ninhada.
Rotas de migração e porquê?
Sempre que se aproxima os dias da migração alimentam se muito mais de forma a aguentar as suas viagens longas. Além disso com mais energia acumulada a velocidade deles aumenta podendo facilmente atingir velocidades idênticas a de vários mamíferos mas por muito mais tempo.
A principal razão para a migração é a procura de alimento, mas como opção, o instinto deles faz com que estejam sempre em movimento pela sua sobrevivência, chegando mesmo maior parte das vezes a viajar com as crias em cima deles, já que as migrações ocorrem normalmente de 3 em 3 meses mais ao menos o tempo de crescimento deles depois de nascerem até ao desenvolvimento praticamente completo (3 a 5 meses), estes tem por hábito fazer as suas migrações em grandes grupos de forma a evitarem serem caçados pelos seus predadores.
Cegonha-Branca

A cegonha-branca é uma ave de grande porte, com uma altura entre os 100 e os 125 cm. A plumagem é principalmente branca, com penas negras de voo. A íris é castanha escura ou cinza, e a pele é preta. O adulto tem um bico vermelho, assim como as pernas. Podem-se encontrar estas aves em África, na Europa e no sudoeste asiático.
Rotas de migração e porquê?
As cegonhas-brancas voam em Agosto desde o África para a Europa, fazendo a rota inversa em Setembro, onde passam o inverno na savana, desde o Quénia e Uganda, até África do Sul.
Na primavera estas aves regressam para norte, passando pelo Sudão e Egipto. Chegam à Europa entre Março e Abril, depois de uma viagem que dura em média 50 dias.
Estas aves migratórias, para evitarem a travessia sobre o mar mediterrâneo, as aves da Europa central ou seguem na rota de migração de leste atravessando o rio Bósforo, na Turquia, passando pelo deserto do Sahara e percorrendo o vale do rio Nilo em direção a sul, ou então seguem a rota oeste sob o Estreito de Gibraltar.
Golfinho-De-Risso

O golfinho-de-Risso é a quinta maior espécie de delfinídeo conhecida com adultos que possuem até 3 metros de comprimento (média), podendo ocasionalmente atingir os 4 metros e 500 Kg e sem qualquer dimorfismo sexual significativo.
O Golfinho-de-risso, também chamado de Golfinho grampo ou moleiro, é um cetáceo da família dos delfinídeos, sendo o único a pertencer ao seu Gênero.
Esta espécie possui uma parte anterior do corpo mais robusta que a posterior e uma cabeça de forma distintiva e sem bico, com o melão largo, quadrado de perfil e alongado, pensando-se que permite uma emissão única de som .
As barbatanas peitorais são longas e em forma de foice e a dorsal é alta, erecta e ligeiramente angular, sendo a segunda maior barbatana dorsal de delfinídeo, proporcionalmente ao tamanho do corpo, apenas ultrapassada pela da orca (Orcinus orca) - razão pela qual ambas as espécies são muitas vezes confundidas no mar.
Os padrões de coloração mudam bastante ao longo das diferentes idades: as crias são cinzentas a acastanhadas aquando do nascimento, escurecendo à medida que crescem e adquirindo um tom cinzento claro, interrompido por cicatrizes brancas por todo o corpo, à medida que maturam. Numa idade mais avançada, os indivíduos mais idosos chegam mesmo a ser completamente brancos.
Rotas de migração e porquê?
Embora esta espécie tenha uma distribuição regular ao longo de todo o ano, podem existir pequenas migrações onshore/offshore em algumas áreas.
Em alguns locais, como por exemplo nos Açores (Portugal), parece existir uma certa fidelização ao local, pelo menos por parte da população. Contudo, noutros locais, parece existir uma certa sazonalidade, sendo mais abundantes no norte da Escócia no verão, e no Mediterrâneo no inverno. Foram ainda registadas sazonalidades no Atlântico Nordeste, águas costeiras da Britânia e costa sudeste da África do Sul.
As migrações reprodutoras de verão (caracterizadas por grupos de 20-30 animais com estômagos vazios e fêmeas com grandes fetos) e as migrações de alimentação no inverno (caracterizadas por grupos de 200 animais com estômagos cheios e fêmeas com pequenos fetos) têm sido observadas no Japão.
Dados preliminares de foto-identificação sugerem ainda movimentos longos desta espécie, não demonstrando elevado grau de fidelidade ou uso específico de determinadas áreas.
Sardinha

As sardinhas são peixes da família Clupeidae. Geralmente de pequenas dimensões (10-15 cm de comprimento), corpo alongado, subcilíndrico, azul ou verde prateado no dorso e prateado no ventre, flancos com manchas redondas e escuras. Caracterizam-se por possuírem apenas uma barbatana dorsal sem espinhos, ausência de espinhos na barbatana anal, caudal bifurcada e boca sem dentes e de maxila curta, com as escamas ventrais em forma de escudo.
O nome "sardinha" vem da ilha Sardenha, onde, um dia, já foram abundantes. Segundo o Dicionário Aurélio, o nome se originou do termo latino sardina. "Manjua" veio do francês antigo manjue.
A sardinha pode ser consumida fresca mas é também, uma matéria-prima extremamente importante para a indústria conserveira. Portugal possui uma longa tradição na produção de conservas de sardinha, sendo a primeira fábrica desta natureza estabelecida no seu território em finais do século XIX.
Rotas de migração e porquê?
Os movimentos migratórios não são bem conhecidos, sabe-se que as sardinhas são espécies migradoras, mas não se conhece o fenómeno que ocorre na costa da África do Sul, porque estes pequenos peixes são muito difíceis de marcar. Estima-se que os cardumes circulam ao longo de toda a costa portuguesa. Anualmente, cerca de 5 mil milhões de sardinhas migram desde o banco de Agulhas para toda a costa. A margem de Agulhas é uma ramificação submarina extensa e rasa da plataforma continental posicionada ao sul da África do Sul, e que se estende por cerca de 250 km ao sul do Cabo Agulhas. É a região do oceano onde as águas quentes do Oceano Índico encontram as águas mais frias do Oceano Atlântico. Formam cardumes que podem atingir 7 km de comprimento, 1,5 km de largura e 39 metros de profundidade. As zonas entre a Figueira da Foz e Aveiro, os estuários do Tejo e do Sado e o golfo de Cádis (em Espanha) são pontos conhecidos de maior concentração de sardinha.
"A corrida da sardinha" é um dos mais belos espectáculos do mundo natural. Todos os anos milhões de sardinhas migram das águas geladas de Cape Point, na África do Sul, para norte, ao longo da costa leste do país
Quando a migração para norte destes animais se inicia, habitualmente no final de Junho, começa também um festim para os golfinhos, baleias, focas e aves marinhas que se banqueteiam com as bolas gigantes de peixe. acontece no final de Junho.